sexta-feira, 8 de março de 2013

Sem título

Hoje o frio na barriga é por outro motivo.
Estou tão perdida que simplesmente não sei por onde começar a pensar e retirar da cabeça o melhor jeito de interpretar algo que é impossível de ser interpretado.
Errei.
Pisei na bola.
Admito.
Mas e agora?
Sei que também sofre, mas eu sofro cada vez que uma palavra é dita, pois imagino que é uma punição diferente pro meu ato impensado.
Sofro com cada ato, com cada situação que, ao meu ver, não seria do jeito que está sendo se simplesmente as coisas não tivessem acontecido. Se meu erro não tivesse sido cometido.
Coloco-me no lugar e sei que faria a mesma coisa.
Tenho vontade de sair chorando e gritando pela rua: "O que eu posso fazer pra concertar tudo?". Mas, infelizmente, eu não posso, tanto sair gritando, quanto concertar tudo. Não inventaram uma "borracha apaga passado" ainda (nesse momento, seria o invento que eu pagaria qualquer coisa pra ter em mãos).
Tudo mudou. E eu sinto tanto por isso.
Meu coração está tão apertado, tão envergonhado.
Quando dizem que só amor não basta, a gente nem faz ideia do que isso significa até estar cara a cara com a situação.
A verdade é que viver pensando que amanhã pode acabar, dá uma certa incerteza de querer que chegue amanhã.
O medo é um sentimento sem muitos amigos. Isolado. Por isso que quando ele acontece ficamos perdidos, porque não tem mais nenhum sentimento por perto pra ajudar a superar o que o medo é capaz de fazer na cabeça da gente, e em nosso coração.
A realidade virou mais um sonho distante novamente do que algo concreto.
EU TENHO MEDO!
EU ESTOU SOZINHA NESSA!
Tenho medo de não aguentar tudo isso. Sou muito paranoica, de um jeito paranoico de ser.
A verdade é que eu sempre vou achar que certas palavras ditas de jeitos diferentes serão um tipo de punição pelo que fiz. Sei que mereço, só não sei se consigo suportar.
Sei que muitas vezes nem serão nada, mas o problema é que em algumas vezes serão. Como saber distinguir? Como deixar pra lá? Como não deixar que corroa e machuque mais um pouco o coração?

Preciso tanto daquele choro de criança dentro de mim. Aquele que a gente chegava a soluçar.
Sou acostumada a sofrer calada. Sou acostumada a não ligar pra tudo que me falam. Mas não queria que fosse assim agora.

Mas a pior punição é a que eu mesma tenho me dado, 'idiota, sem noção, problemática, boba, burra, perdeu quem mais te amava no mundo'.

'And big girls don´t cry'.
Hoje não.


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