segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Virando um DVD

Hoje percebi que minha vida é um DVD.
Um aparelho de DVD.
Sempre no PLAY... andando e andando.
As vezes dá um PAUSE, mas logo ejectam-se do aparelho e assim voltamos ao PLAY novamente.
Até agora não tive um STOP.
Até tive a uns 5 anos atrás. Porém, o meu DVD não contava com uma mão a mais (o da minha mãe), que simplesmente JOGOU o DVDzinho pra fora. Fazendo com que a minha vida voltasse ao play.
A uns 3 anos mais ou menos, tive um pequeno PAUSE novamente. Porém acabei eu mesma jogando o DVDzinho pra fora (eu tenho o mesmo dom que a minha mãe). Mentir é um passo totalmente alucinado de uma pessoa desesperada que simplesmente esqueceu que não consegue mentir por muito tempo. Fim da história. (Ahh.. sem contar que ele morava em outro Estado. Aí ficou um pouquinho mais difícil a relação. Tinha o lance também que a mãe dele queria passar o carro dela por cima de mim, dar a ré e ainda conferir se eu realmente tinha ido dessa pra uma "pior").
Em 2006 tive mais um STOP. Que eu consegui jogar o DVDzinho pra fora. (E não vamos esquecer que a mãe dele me odiava).
Nesse ano (2008), tive outro STOP. Que começou em dezembro de 2007. Porém o DVDzinho foi TOTALMENTE jogado pra fora por uma outra mão (a da mãe DELE, que hoje se pudesse, me atropelaria com o carro dela sem dó nem piedade).
Tive um PAUSE que magoou muito. Profudamente diga-se de passagem. É difícil quando você se toca que foi só uma tentativa, e que tudo bem se foi só isso. Não interessa muito o fato de um sentimento, até então escondido por mim mesma numa caixinha beeeeeem guardada, ter voltado e ter me feito de idiota (como a ilusão é algo que acontece repentinamente na minha vida).... prefiro pensar que foi algo totalmente inesperado, mas que já passou. Se não eu enlouqueço de vez.

Concluo que:
Sem enroscos e nem nada, meu DVD tem estado muito no PLAY, mas as vezes gostaria que ele desse um STOP. Só pra ver como é que seria. Digo um STOP considerável, não algo que dure 2 ou 3 meses.
No resto da minha vida tive apenas PAUSES. Desses nem consigo me lembrar direito (porque foram tantos).
Concluo também que estou escolhendo as sogras erradas. 3 delas querem o meu couro (espero de coração que elas NUNCA se encontrem. E que se elas se encontrarem, que estejam a pé).

Queria mesmo é que meu DVD encontrasse um DVDzinho legal. Que curtisse um PAUSE, mas que logo engatasse num STOP. Não sei se é pedir demais.
Todo mundo diz que isso é fase, que sou muito nova, e que a hora certa vai chegar.
Não digo mais que espero, porque esperar já não dá mais certo.
Fazer mandingas (não que eu já tenha feito alguma vez), mas é uma coisa que defitivamente não dá certo.
Então prefiro mesmo é deixar que o tempo passe.
Que o filme role. E que algum dia o tal do "felizes para sempre, apesar de tudo" aconteça (lembremos que não é esperença, é só um vago pensamento de coisas boas pro futuro).

Neste final de semana (acredito eu), alguém por quem eu queria realmente que meu STOP tive parado, se casou.
Já não penso mais com toda a dor que eu sempre pensava, quando pensava que ele estava com alguém (tenho lembrado muito desses sentimentos e momentos enquanto assisto o "Vale a Pena Ver de Novo". Na época que ela passava, eu estava com ele. E toda minha alegria e tristeza tem aquela trilha sonora). Mas mesmo não pensando mais com a mesma dor, hoje, quando vi as 3 fotos que ela (toda "querida" entrou no meu orkut, pra que marcasse sua entrada pra que eu fosse ver sua grande felicidade), senti aquela tal "dorzinha ruim", novamente. Uma dor que a tempos não sentia. E dói demais ver tudo e ficar pensando... não deveria culpar ninguém, mas meu coração ainda está bem magoado com uma certa pessoa. Não que tenha sido totalmente culpa dela. Tenho uma taxa de culpa por não ter deixado ele conversar com meus pais. Talvez poderia ter dado certo. Mas não sei... conhecendo bem a peça rara da minha mãe, duvido muito que ela teria mudado sua horripilante opinião à respeito dele.
Embora eu veja pelo passado (de uns 2 anos atrás), que ele se envolveu em coisas que não deveria. QUASE morreu por causa dessas malditas dependências, e mesmo assim, viu nela alguém em quem podia confiar e ter ao seu lado, ainda assim, a dor se manteve.
Certos momentos achei realmente que ainda poderia haver esperança pra que ele recobrasse a consciência e visse que ela era um caso perdido pra ele, que o levava cada dia mais pro fundo do poço. Porém o que ele viu foi alguém que o levou e que ele "acha" que o tirou. Assim fica difícil julgar alguém que você achava ser tão centrado.
Nem sempre entendi o amor das pessoas.
Nem sempre foi fácil entender pra onde esse "amor" dos dois os levava todo final de semana e onde foram achados, totalmente desidratados e quase morrendo.
Espero que se acalmem, e que não pensem mais nas sua dependências. Porque tem um bebezinho que não faz idéia dos pais que tem, que vai depender muito de cada um deles.
Sei que ele é um ótimo pai, e espero que ela seja uma ótima mãe.

Um dia pensei que poderia dizer novamente que eu sentia muito por não ter dado certo.
Hoje penso que, apesar dos pesares, dos sentimentos e tudo mais, foi bem melhor assim.
E quem sabe, mais pra frente, eu consiga entender que o que ela fez foi pro meu bem e que de uma certa forma, sabia que ele não era pra mim.

Lile