domingo, 20 de abril de 2014

Libertando pra ser livre

Hoje senti a maior necessidade de escrever aqui.
Como as coisas mudaram desde o último dia em que postei.
Não engravidei, em vez disso, acabei me separando.
Mudança radical. Voltei a morar em Curitiba.
Mudança mais radical ainda, estou indo morar em Floripa.
Por que? Bom... Sinceramente, cansei de responder essa pergunta. Porque EU QUERO. Ponto.

Fico tão acabada em saber o quanto minha credibilidade com a família anda em baixa. Na verdade, acho que nunca foi alta. É tão ruim você perceber que as pessoas da sua família pensam essas coisas sobre seu carater. Todo mundo pensando que você não é capaz de viver por si só. Que o melhor mesmo é vc viver debaixo das asas dos seus pais. Quantos anos eu tenho? 16? Voltei a ser adolescente. Voltei a ser inconsequente. Só não sei mesmo qdo tudo isso voltou a acontecer.

Quando um casamento não dá certo, o melhor não é separar??? Vai continuar vivendo uma ilusão de que está tudo bem??? Não. Claro que não.

Ainda seremos amigos. Bons amigos. Mas o tempo precisa curar todas essas feridas que foram abertas.

O fato todo é que eu não devo mais nada pra ninguém.
O fato é que dessa vez eu vou fazer o que eu realmente quero fazer.
O fato é que dessa vez serei eu por mim.
Não vou procurar aprovação de mais ninguém, porque afinal de contas, não tenho mesmo.
Um dia ela vai aceitar. Um dia ela vai entender. Só que eu quero arriscar por mim. Eu quero amar o que estou fazendo. Eu quero viver a minha vida.
E não quero dever nada pra ninguém. Não quero viver na casa dos outros. Não quero viver de acordo com as regras dos outros. Porque aqui nesse apartamento onde me encontro, tenho que viver de acordo com as regras que me impõem. Não que eu realmente as siga, mas tenho muitas das quais eu sigo. Muitas das quais me prendem nesse mundo do qual eu quero me libertar. Do qual eu já deveria ter me libertado quando me casei, mas pelo visto entrei num mesmo mundo, na verdade eu nem sai. Só mudei de casa.
Eu não quero "obedecer". Eu quero ser. Eu tenho quase 30 anos. Isso é mta coisa. Muita coisa mesmo.
E não vou mais deixar que ninguém mande na minha vida. Não vou deixar que palavras me firam. Não vou mais deixar que me machuquem.

A partir de agora, essa ida pra Floripa é uma questão de principio. Os meus princípios. Nunca foi tão importante fazer algo. Nunca foi tão importante sair de um lugar e ir pra outro.
Nunca foi tão importante mostrar que sei viver por mim mesma.
Quero esfregar na cara de todos que acham que não sou capaz. Quero que venham e me peçam desculpas por acharem que eu ainda era inconsequente. Quem sabe em certas atitudes eu ainda seja msm. Mas em questão de vida... Não mais.
Eu tomei as redias da minha vida uma vez e ela teve um surto.
Estou fazendo isso de volta. E ela tá surtando ainda mais.
Eu sabia que não seria fácil.
Eu sabia que o tempo ia passar e ela iria ficar louca.
Mas se eu deixar que ela vença agora, nunca mais terei minha liberdade de volta. Aquela que eu nunca tive.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Eu to aprendendo a sentir
Eu to aprendendo a sorrir
Mesmo que o que eu mais quero
É partir, gritar e chorar
Se assim o tempo pudesse voltar
As coisas poderiam mudar
Mas agora meu mundo tende a desabar
Só se pode errar uma vez
Só se pode matar uma vez
Só dá pra viver uma vez
Preciso lidar com o medo
Que tira meu ar do peito
Preciso do meu amor perfeito
Quero acreditar que não vai acabar
Mas tenho medo
E se acabar, o que eu vou fazer?
Sentar e chorar?

                 Lilian Takeuti de Lima

Meu problema é deixar que minha imaginação flutue e vá pra longe, pro lugar que "ainda não aconteceu".

Sofrer por antecipação é se matar porque sabe que um dia irá morrer.

Dizem que a cada dois anos felizes no seu aniversario, o outro vem com algumas catástrofes, pra você lembrar que seu aniversario é só mais um dia, e que é preciso estar bem em todos os outros do ano, ou ao menos tentar estar.

"One more for the night
  One more for the pain and
  One more long goodbye
  And one shot to the brain
  And one more takes the knife
  And one more takes the train
  Who do I blame today"
                                  One More - Hanson
  

Sem título

Hoje o frio na barriga é por outro motivo.
Estou tão perdida que simplesmente não sei por onde começar a pensar e retirar da cabeça o melhor jeito de interpretar algo que é impossível de ser interpretado.
Errei.
Pisei na bola.
Admito.
Mas e agora?
Sei que também sofre, mas eu sofro cada vez que uma palavra é dita, pois imagino que é uma punição diferente pro meu ato impensado.
Sofro com cada ato, com cada situação que, ao meu ver, não seria do jeito que está sendo se simplesmente as coisas não tivessem acontecido. Se meu erro não tivesse sido cometido.
Coloco-me no lugar e sei que faria a mesma coisa.
Tenho vontade de sair chorando e gritando pela rua: "O que eu posso fazer pra concertar tudo?". Mas, infelizmente, eu não posso, tanto sair gritando, quanto concertar tudo. Não inventaram uma "borracha apaga passado" ainda (nesse momento, seria o invento que eu pagaria qualquer coisa pra ter em mãos).
Tudo mudou. E eu sinto tanto por isso.
Meu coração está tão apertado, tão envergonhado.
Quando dizem que só amor não basta, a gente nem faz ideia do que isso significa até estar cara a cara com a situação.
A verdade é que viver pensando que amanhã pode acabar, dá uma certa incerteza de querer que chegue amanhã.
O medo é um sentimento sem muitos amigos. Isolado. Por isso que quando ele acontece ficamos perdidos, porque não tem mais nenhum sentimento por perto pra ajudar a superar o que o medo é capaz de fazer na cabeça da gente, e em nosso coração.
A realidade virou mais um sonho distante novamente do que algo concreto.
EU TENHO MEDO!
EU ESTOU SOZINHA NESSA!
Tenho medo de não aguentar tudo isso. Sou muito paranoica, de um jeito paranoico de ser.
A verdade é que eu sempre vou achar que certas palavras ditas de jeitos diferentes serão um tipo de punição pelo que fiz. Sei que mereço, só não sei se consigo suportar.
Sei que muitas vezes nem serão nada, mas o problema é que em algumas vezes serão. Como saber distinguir? Como deixar pra lá? Como não deixar que corroa e machuque mais um pouco o coração?

Preciso tanto daquele choro de criança dentro de mim. Aquele que a gente chegava a soluçar.
Sou acostumada a sofrer calada. Sou acostumada a não ligar pra tudo que me falam. Mas não queria que fosse assim agora.

Mas a pior punição é a que eu mesma tenho me dado, 'idiota, sem noção, problemática, boba, burra, perdeu quem mais te amava no mundo'.

'And big girls don´t cry'.
Hoje não.


domingo, 25 de novembro de 2012

Como as coisas mudam

Quando eu fico muito tempo sem escrever, rola até um friozinho na barriga de abrir o blog.
Não por não saber o que escrever, mas por existir tantos assuntos que até fico perdida, sem saber por onde começar.

Amanhã é um dia mais ou menos importante. TÁ! É muito IMPORTANTE!
Não quis demonstrar minha ansiedade, mas a verdade é que estou tãããão ansiosa que não consigo mais não demonstrar. 
pareço uma louca vasculhando 200 mil sites sobre gravidez, sobre as situações que venho passando.
A verdade é que, mesmo fazendo tratamento, você ainda fica a mercê do "natural". E junto com todo esse "natural" vem aquela expectativa gigantesca que todo mundo já conhece.

Tem momentos que eu quero muito estar grávida JÁ! 
Em outros eu penso que poderia esperar passar esse ano. Entrar no próximo com as esperanças renovadas (visto que as desse ano esgotam-se amanhã, independente do que o resultado me mostrar).

Esses meio sintomas me tiram do sério. Dores nos peitos (quer sintoma mais óbvio que esse?). Mas e se não for? Seria sintoma do que? 

Eu li tanto hoje porque queria uma resposta específica, sabe como? Mas no lugar dela só consegui mais umas mil perguntas, e o pior, sem resposta também. 
É incrível como que nessa hora o maior desejo é querer ser médico (como se fosse fazer alguma diferença. Ainda assim, vai precisar esperar até segunda pra fazer o exame, ou seja, não muda em muita coisa). 
Não sou como essas mulheres que sentem no dia da fecundação. Aliás, eu só fiquei sabendo porque fui fazer uma eco (nunca imaginei que iria agradecer a pessoas que inventou a ecografia chata de todo ano).

Queria escrever porque a aflição realmente está me tirando do sério. Sei que não vou conseguir dormir direito. E começo a achar que amanhã bem cedinho vou fazer o teste. 
Acho que a maior aflição é porque já deu tanto negativo, que fico nessa que vai dar negativo novamente. E eu passo por toda aquela frustração e vergonha por achar com tanta convicção algo que eu nem faço ideia de como é, de como será. 

Espero que se der negativo, essas dores passem como um passe de mágica. Porque sinceramente, não estou muito afim de ficar sentindo dor se motivo. 

Acho que meu marido também não vê a hora de chegar amanhã. Também pra que a pergunta seja respondida, mas também pra parar de me ouvir falar sem parar sobre o mesmo assunto umas trocentas vezes. Coitado! É incrível o que uma mulher ansiosa pode fazer com as pessoas a sua volta!

Estou um pouco cansada. Da expectativa. Da decepção. Do recomeço. Sei que ele vive dizendo que agora estamos no caminho certo, mas ele não faz ideia do sofrimento que passa por mim quando fico sabendo que não deu certo. POXA! Tem gente que só de pensar, já engravida!

Fazer o que, né? Se eu pudesse escolher, escolheria outros jeitos. Mas não cabe a mim essa tarefa. Pra quem a realiza deve ser meio difícil também. Acho que preciso passar por toda essa prova, pra ter certeza que é isso que eu quero. Afinal de contas, um ano é uma vida, e estamos nessa a um ano já!

10% das mulheres possuem essa Síndrome do Ovário Policístico... Adivinha quem entrou nessa porcentagem também?

"Que amor é esse tão incrível, que a natureza faz tão simples?" - Dias e Noites Sandy & Junior



terça-feira, 12 de junho de 2012

Thinking

Pensei em tantos assuntos pra tratar hoje, que acabei me esquecendo de todos eles, pelo simples fato da minha preguiça ser tão grande ao ponto de me deixar levar a pensar que sou capaz de guardar, e o que é pior, achar que iria lembrar depois de mais de 12 horas sem ao menos pensar no que eu tinha pensado. Loucuras à parte, Não posso deixar de lembrar que hoje é Dia dos Namorados.
 Nunca me esqueço de um texto no qual publiquei aqui uma vez, muito tempo há atrás, sobre este dia (eu estava solteira, se alguém resolver fuçar por aqui porque a curiosidade é grande). Sempre lembro porque foi um dos textos dos quais mais gostei.
 Dizem que somos muito exigentes com nossos trabalhos (eu sempre concordei com essa frase). Já pararam pra pensar como é difícil falar de um único assunto num único post? Eu nunca consegui. Sempre falo de tantos assuntos que chego a deixar as pessoas tontas (tipo...cansadas!). 
Como o dia é todo romântico (adoro quando o Google fica romântico nesse dia!), dedico este post ao "A M O R"!
É com ele que nos tornamos invenciveis.
É com ele que parecemos bobos.
É por ele que sofremos.
É junto com ele que somamos nossa felicidade.
É por ele que acreditamos em finais felizes.
É sempre por e com ele que a vida tem sentido.
O que seria de nós, sem ele?


         Feliz Dia dos Namorados!

domingo, 10 de junho de 2012

Breathing


Puxa. Depois de tanto tempo longe dos meus proprios pensamentos e dos meus proprios momentos de sentar e conversar comigo, hoje me dei isso de presente. Prestando atenção em uma música que há tanto tempo eu não ouvia, me fez parar para pensar no por quê eu um dia gostei dela. Por que gostamos de certas músicas e de outras não? O que acontece dentro da nossa cabeça pra esse tipo de seleção acontecer? Porque afinal de contas, todas as músicas que existem, é porque alguém já as ouviu, gostou, e compartilhou com outras para que isso pudesse vir a ser um sucesso. Enfim... perguntas (gosto delas pra começar um texto). Outro dia, ouvi alguém dizer que quando escrevemos nos blogs, colocamos nossos pensamentos em ordem, e acabamos tendo uma sessão de psicanálise sem pagar nada por ela (embora eu ainda ache que preciso de um profissinal pra me entender, porque tem casos que fica difícil até pra mim!!!) (Obrigada Natalia Klein pela frase)!. Há uns quatro ou cinco anos atrás eu pensei que poderia ganhar dinheiro tranquilamente escrevendo neste blog. O problema é que ninguém lia. Coisa que eu ainda acho que acontece. Mas tudo bem. O mais engraçado é que deu certo com tanta gente, mas comigo não. Embora algumas pessoas já tenham me falado que meus diarios deveriam virar livros (não vejo tanta coisa engraçada neles, até porque seria uma completa idiotice rir da propria vida (rir dos outros, SIM, rir dos seus podres, NÂO, pelo amor de deus NÃO)). Mas enfim... Finalmente voltei a ter inspirações para viver o mundo das escritas, das divagações, dos momentos psicóticos, dos dias nublados e dos dias que erradiam luz por todos os lados. Volto com meu mundo internautico porque preciso desse escape pra poder viver sem ficar louca (visto que, mesmo eu tendo esse escape antigamente, eu já vivia uma psicose problemática, então dá pra imaginar que é uma necessidade). Não prometo estar aqui sempre, mas prometo estar... Tudo mudou.. Desde a minha vida (que já faz um tempo não é mais escrita nas linhas tênues das ruas de Curitiba), ao estilo deste blog (nunca imaginei que teria finalmente um espaço gigantesco pra escrever (e ficar sem ocupar nem metade do poderoso quadrado que me deixaram para expressar todos os meus sentimentos)). SIM! Eu escrevo com muitos parênteses. Mas como explicar as coisas sem embaraçar toda uma cabeça (a sua, não a minha)??? Estou lendo 3 livros ao mesmo tempo, estudando, trabalhando, começando mais um programa de saúde (caminhada), e ainda assim encontro tempo pra poder assistir minhas eternas series que tanto me fazem bem (gosto de viver a vida dos outros por um tempo, só pra me deixar longe um pouco das coisas que tenho aqui). Desejo a quem entrar aqui (e a mim mesma), uma ótima semana (sem muitos e nem poucos acontecimentos. Na medida certa pra que você e eu consigamos aguentar e continuar nesse caminho). Deixo-os com uma música maravilhosa da Adele (música pela qual acabei de me apaixonar, e por uma cantora que a cada dia mais tem me fascinado com sua belíssima voz).